segunda-feira, agosto 03, 2009

tudo



Esta fotografia, básica, simples, de má qualidade e sem propósito, respresenta tudo
by JuNo



Porque as relações mais difíceis de manter são as amizades...

by JuNo

lixo, arte e casa



Em Alcântara....num armazém abandonado pelas gentes, e onde vive, sem aviso, um "sem abrigo", que me cumprimenta com um Boa Tarde do alto da zona de "escritórios", e recolhe enquanto eu regitsto tudo aquilo...que é lixo, arte e casa....



by JuNo

o Vinho do Jacinto



Mais uma vindimas, mais uma botas apertadas...

by JuNo

terça-feira, setembro 11, 2007

Calaram-se as vozes do costume que transpiravam frases consumidas pelo amores de vidro, para dar lugar ao silêncio. Ouvi-o com atenção, escutei-o, sim, escutei-o pois ouvir não chega, e abri a minha janela e deixei sentar-se ao meu lado. Estão presentes em todos, não escolhem carteiras ou tipologias, é mais fácil assim; Usa-se a frase, recebe-se um sorriso que ao longo dos tempos vai derretendo, até ficar assim, amarelo, como o queijo fresco após um mês, que ironicamente, é um queijo fresco podre, fresco….mas podre. Ironia vestida de dicotomia, que me aponta o dedo àquele ali, com o braço sobre a mulher….sim, mulher, suponho que sim….usando a sua última carta, antes que o cheiro a queijo fresco podre o encharque, e ele parta para uma nova conquista…mas desta vez, mais fácil, queremos é uma conquista mas sem batalha!! Para quê o romance, a valsa, as explicações das constelações, quando assim é mais fácil, 5 minutos no micro-ondas e é sua…”pronta-a-comer”! Bruto…com esta expressão perdi a sobriedade, mas enfim, se quero enlouquecer, ao menos que seja aqui, e não aí, em frente ao mundo que crítica o Sr.Luís, que foi excomungado da igreja porque assumiu ser homossexual, e então, a partir daí, teve que fechar a sua mercearia e rumar para a capital, onde aí o entendem…ou pelo menos dizem que sim…visto que são as pessoas da capital….que é desenvolvida…e tem marinas, e grande edifícios, e carros grandes e caros, e homens de fatos caros, que não valor às mulheres que têm, e compram o amor naquelas casas com néons gastos de tanto acender e apagar ( nem sequer tentar passar despercebido….para quê? ) mas é claro que é o senhor Luís é que é um malandro, vai ficar tantos anos no purgatório, agora dizer que está apaixonado por um homem…e pior…ainda pior ao ponto de deixar as comadres em pele de galinha e cuspir três vezes do parapeito só de pensar nisso, é ali o filho da Isabelita e a filha do Sr.Zé, após cinco anos de namoro invejável apoiado tanto na amizade como no carinho, vieram agora chatear a tranquilidade monótona dos pais porque querem ir viver juntos…sem casar!!!! Caiu o terço da mão da avó da menina quando soube isto, ainda para mais, porque ambos trabalham tanto e levam uma vida tão regrada….olha agora….sem casar…ainda hei de escrever uma carta aquele senhor que aparece de manhã no programa da Fátima a dizer a desgraça que me aconteceu….primeiro, o monstro do Sr.Luís, agora, a inconsciente e desnaturada da minha netinha.
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Porque além dos estereótipos da sociedade, há quem veja mais longe; acima dos colarinhos brancos que só se enganam a eles, há quem fique acordado para ver alguém dormir; porque o horizonte….é apenas uma linha imaginária….que não tem fim, assim como tu…as tuas capacidades também não…mas isto…tudo isto, só depende de uma pessoa…

segunda-feira, novembro 21, 2005

Quid Juris

Faz calor lá fora,
aqui dentro chove absurdamente, de tal maneira que me impede de ouvir os meus próprios sentimentos, e faz com que seja impossível proteger-me desta inundação aérea que recai sobre mim e as minhas dúvidas. Seria bom se para nos afastarmos das travessias mentais nefastas, pudessemos abrir um chapéu de chuva como quando nos protegemos das intempéries. Talvez assim houvesse mais sorrisos, mais alegrias...ou seria apenas como quem foge da própria sombra, acreditando que se não pensar no assunto ele acaba por se dissipar juntamente com a evaporação das poças de água das tristezas quotidianas? Emfim, ainda assim seria positivo se em certo momento não quisessemos batalhar mais com a nossa mente, com o nosso coração, e talvez, quem sabe, com a nossa consciência...sim, crendo desde à partida que a consciência toca a todos, questão que duvido, assim como quem duvida que o sol quando nasce é para todos!
Faz calor lá fora,
aqui dentro já não chove, mas paira um ambiente de nevoeiro enamorado pelo orvalho que traz com ele arrepios de frio que nos sacode todo o corpo até ao ínfimo pedaço de pele, o mesmo ínfimo pedaço de pele que anseia pelo teu regresso, pelo teu abraço e pelo teu beijo, e aí, aquando do teu retorno, o sol voltará a brilhar aqui dentro, o calor vai-se espalahar e o bom tempo vai reinar....mas, a quem enganas? e será que volta? e será que por aquela porta ali enconstada - na esperança de uma reaparição divina - ela vai deveras exibir-se e abir-te os braços como quem te oferece a liberdade para um paraíso de amor? Espera meu caro, fuma mais um cigarro e incendeia a tua alma com o medo de ficares só...aí nesse canto a escrever nessa maldita máquina que fere a tua máquina fotográfica para o mundo...espera meu animal que hibernas na esperança de que quando acordares o sol vai brilhar...espera, aí nesse eco promíscuo de choros e gritos de esperança perdida.

NÃO!!! NÃO!!! NÃO!!! não aceito essas lamúrias onde só tu sofres e te consomes como a essa merda desse tabaco aí plantado a inundar essa sala escura de fumo! Ergue-te, cresce, sê pessoa e vai para o mundo, sai lá para fora, assim como estás, e já te vais encontrar diferente, sim.....diferente, porque a mágoa e a perda também te ensinam....Sê Homem, e percebe que amanhã, quando o sol se separar do mar, há um novo dia, e quando ouvires o canto dos passarinhos, aceita-o, é para ti, e quando ouvires o riso de uma criança, atenta, é um milagre....porque a vida é boa e é para ser vivida...LEVANTA-TE e parte, com uma função porém........SÊ FELIZ.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

estr@nho

Olhos semi-cerrados, braço esquerdo apoiado na porta servindo de descanso à minha cara, braço direito com total domínio sobre o volante e o olhar…longínquo…nos confins de um planeta que nunca existiu. O meu subconsciente, sobrecarregado pelo hábito de fazer o percurso até casa, conduz o carro por mim. Há alturas em que o meu olhar, sobressaltado, obriga a um piscar de olhos sucessivos, e as imagens que chegam ao meu cérebro entram em conflito, pois parece que o meu cérebro fica dormente, e os meus pensamentos, os meus voos para outros mundos onde o azul do céu parece não chegar, criam um isolamento, que torna o meu consciente abstracto de qualquer tipo de ideia de realidade.
Acendem-se duas luzes vermelhas intensas à minha frente, toda uma informação percorre o meu corpo. O cérebro ordena ao pé direito que carregue a fundo no travão…os meus pensamentos sobressaltam-se, sinto que não tenho capacidade para mexer um único dedo, quanto mais para travar toda uma massa em movimento. Vejo os carros ao meu lado, todos perfilados, como um batalhão do exército em dia de cerimónia; no espelho, vejo faróis…brancos, vários; tenho ainda tempo para reparar que um dos carros que me antecede tem um médio fundido, criando um género de fraqueza na imagem deste.
Um infinito som de travões inunda os meus ouvidos, todos os meus sentidos estão alertas, as luzes vermelhas, parecem mais intensas; na minha cabeça dá-se uma alusão ao vermelho, ao inferno. Os meus olhos abrem-se com violência, a minha vista ainda desfocada tenta perceber a quanta distância ainda estou do carro da frente…sinto um tremor forte…a minha vista já se adaptou a todo aquele ambiente, tenho o carro parado, não bati e ninguém me bateu, apesar de uma violenta travagem que pareceu demorar horas.
Abro o vidro…calmamente olho para a lua e acendo um cigarro com a consciência de que não sabia no que tinha estado a pensar. Sinto um misto de felicidade e limitação infeliz. Paro em frente a casa e só me apetece continuar a conduzir, sem fim, até que a gasolina se acabe ou chegue ao fim da estrada, pois ao menos enquanto conduzo, não tenho que dar um seguimento propriamente lógico aos meus pensamentos, aí, todo o meu mundo envolvente me pertence: a música que eu oiço, a temperatura que está, a forma como estou, a forma como estou vestido…dentro do meu mundo, sou eu que crio as regras, não uma sociedade marginalizador e que roda à volta do dinheiro.
Abro a porta, saio, entro em casa…só me apetece deitar, dormir e acordar num outro mundo, em que estou com quem eu quero quando eu quero. Deito-me na cama a pensar no acidente que poderia ter tido, inferno…inferno…inferno…são as únicas imagens que me vêem à cabeça. Entretanto…oiço uma mensagem a chegar ao telemóvel, não me mexo sequer, sei que é uma mensagem tua, adormeço num sono leve e agradável, tenho um pequeno sorriso na cara…adormeço contente…porque te lembraste de mim, sei que amas, e que me queres...sei que o meu mundo que é lindo e a vida me corre bem.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

"O almoço que mudou a minha vida"

Nunca um almoço tinha sido tão bom, com uma conversa tão longa e tão agradável; nunca antes, numa refeição em que a conversa se sobrepõe à unidade do tempo e à realidade, eu puxava dos cigarros com a ansiedade de continuar a ouvir as palavras divinas que eram libertadas, melodiosamente, por aquela deusa, que agora, por uma medida temporal que eu jamais vou conseguir precisar, me lembra a forma como me penetrou na alma.
O almoço decorreu sem pressa, sem qualquer tipo de pensamento que nos conduzisse à realidade do mundo em que apenas se tem uma conversa para não se cair na má educação de um silêncio constrangedor. Foi o melhor almoço que a minha humilde existência teve o prazer de tomar lugar. Certamente, um feitiço foi lançado daqueles olhos quem têm a profundeza da natureza, e eu, afortunadamente fui o escolhido para ser enredado naquele emaranhado de maravilhas e poesias físicas onde as flores regadas pelas lágrimas da beleza invejam a feiticeira. Recordo-me das conversas que partilhámos, dos olhares delicados e esperançados que eu procurei serem respondidos, do isqueiro que parecia conter toda a minha inquietude bem apertado pela minha mão; e o rio fundindo-se com o céu bem ao longe, servia de cenário perfeito para o primeiro almoço da minha vida, sim, o primeiro, da minha verdadeira vida.
Há alturas, em que temos a perfeita sensação de que algo mudou, quer quando acabamos o básico, quer quando fazemos 18 anos, ou mesmo quando tiramos a carta de condução, ou neste preciso exemplo, quando nos apaixonamos; embora, aqui a palavra paixão se envergonhe de não poder envergar todo o tipo de sentimentos que a partir desse almoço sobressaíram da minha alma. A partir desse momento, senti que perdia um pouco de mim, não porque algo de negativo acontecia, mas antes pelo contrário. Senti que tinha algo, à minha frente, mais precioso do que..(não há comparação possível, mais precioso do que tudo! Talvez assim, quem ler este texto, consiga ter uma ideia – mas decerto não vai perceber, porque é indescritível -, a enormidade da preciosidade de que falo)…e que ali estava, a minha oportunidade de ser feliz, de apreciar tudo de bom quanto a vida tem para dar, de glorificar a minha existência. Assim foi, caí no mais belo sonho que jamais existiu. Durante aquela refeição, as ideias vinham a uma velocidade incompreensível, e, inacreditavelmente, o nervosismo, não me assolou verdadeiramente; Talvez porque estava, com um sentimento de bem-estar tal, que o afastava, pois logo ali, senti que quem tinha à minha frente, o meu anjo.
O almoço que mudou a minha vida – podia ser este o título de algum livro épico, ou de um filme que ganharia todos os Óscares e prémios, mas não, é o primeiro capítulo da minha vida. A vida, em que tu te tornaste. E graças a ti, todos os meus dias são dignos de serem vividos, todos os sorrisos são dignos de esperança. Graças a ti, eu vou ser eterno e infinito, pois permitiste que eu entrasse numa outra dimensão do viver – o Amor - e o amor que eu sinto por ti, o amor que tu me retribuis, é uma paralelo à realidade que os outros vivem, é um céu onde as estrelas não cintilam, brilham; onde o sol não se põe, descansa; onde a lua não é cheia, é luminosa; e onde a eternidade não é um sonho, é um desejo que se vai construindo, calmamente, segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora, dia a dia, abraço a abraço, beijo a beijo, amando e deixando amar. É assim que quero estar a teu lado, a amar-te, a apoiar-te, e a ver-te sempre feliz, a ver a nossa relação a alimentar-se das nossas esperanças, o nosso amor a alimentar-se dos nossos sorrisos, e a nossa vida a alimentar-se dos nossos esforços.
Vou estar sempre ao teu lado, quer desabem mundos quer caiam pontes, e o meu ombro e o meu carinho, vão estar sempre prontos a amparar as tuas lágrimas, os meus sorrisos vão alimentar os teus, a tua beleza vai iluminar a minha vida, e o nosso amor, vai vencer tudo, e permanecer eternamente.
Obrigado por me dares tudo quanto eu podia sonhar querer.

Amo-te, hoje, amanhã e sempre…
Deste, o teu.

terça-feira, novembro 30, 2004

quando nao te tenho comigo

parece que todas as certezas, todas as constantes lógicas, básicas e definitivas, caem na amargura da incerteza da dúvida irreal. Porque, apesar, de no esquecimento de ideias irrealistas do ponto de vista de um cientista não menos louco, do que um poeta matemático, em que pretende acreditar, que também o amor, é exacto e certo. Quando não te tenho comigo, sinto que qualquer tipo de sensação de afecto e calor humano, de lembrança do teu abraço, da força da tuas mãos, da permanência da tua vontade eterna de ficar, tão junta a mim, como que embaraçada a cada centímetro do meu corpo, num tipo de ligação que jamais será desfeita por qualquer tipo de pesadelo que nos assombre, não passa senão de uma vaga recordação, que se reaviva a cada bafo de cigarro, a cada candeeiro que ultrapasso…assim, com o acelerador desafogado, deixo que os meus pensamentos se desvaneçam como o rasto de chuva que vou deixando ao longo da auto-estrada…tudo se cruza com o meu olhar, pálido e submisso, a recordações que dão uma razão à minha alegria eterna, e a cada luz que me ofusca, apenas consigo pensar, que ter-te comigo, ter o privilégio de te amar e poder contar contigo a cada momento da minha vida, é o resultado de muitas preces e orações, é a concretização de muitos desejos pedidos, não em vão, pois agora que te tenho, jamais vou baixar em prol do teu amar e nunca, vou desistir de ti; a mulher que me fez compreender, que realmente, há uma razão para tudo valer a pena....tu…que és o meu amor eterno.
Gostava, de algum dia, te poder mostrar o quanto te quero, o quanto te desejo, e o quanto tu significas para mim, mas como sei que tal é impossível, vou me esforçar para que ao longo da minha existência, dia após dia, te possa mostrar, lua após lua, um pouco mais de tudo aquilo que sinto por ti. Espero que um dia possas realizar, o que é para mim, olhar fundo no mar dos teus olhos, e percorrer esses vales protegidos por cercas desnecessárias, e imaginares sequer, como é passear pelos rios dos teus cabelos, e embriagar-me com a sobriedade do cheiro que emana através da delícia que é a seda da tua pele, e sentir dos teus lábios, tal conforto exagerado, de um beijo, como que me fazendo acreditar, que o céu não está se não à distancia de um amar.
Obrigado, meu anjo, deste teu, para sempre…

segunda-feira, novembro 29, 2004

veio o sono

e com ele a lembrança de há responsabilidade a manter....por isso, uma boa noite a todos --> amanhã há mais!!

a noite

que me parece fazer sobressair as olheiras inexistentes, e sobre mim quer largar o pano negro da raiva e da embriaguez. Hoje, nesta noite, nem mesmo as estrelas me ajudam, e assemelham-se a pontos longínquos sem nada de especial...e até o meu pensamento me atraiçoa e a sobriedade de um raciocínio parece desvanecer mais facilmente do que uma poça de água no alcatrão num dia de verão. E apenas as teclados do teclado, poderam contar a alguém o que me ía na alma; não, perdão; não na alma, porque essa, por vezes, até eu ás vezes a tomo por desconhecida, as teclas, do teclado, apenas podem contar a raiva, da incrível falta de precisão e de erros que me corre na ponta dos dedos, pois o meu próprio corpo, está confuso e impertinente.
será culpa do frio, da chuva, do mau tempo ou da falta de certeza de soluções, falta de saber que amanhã te vou encontrar com esse verde infinito a sorrir para mim, e a dizer, que me amas...
tenho saudades tuas, do teu abraço quente e completo, tão poderoso tal chama que o fogo respira, tão seguro como só ele pode ser; tenho saudades do teu beijo, que me faz acordar e sentir, olhar e ver...tenho saudades tuas, saudades do teu riso, saudades das nossas conversas, que se passavam sob um céu estrelado, sentados naqueles bancos rodeados de momentos tão tristes e tão alegres...tenho saudades de estar contigo, de me sentir amado e desejado....quero ter-te sempre comigo, quero que saibas que te quero mais que a tudo, que te desejo acimo de qualquer coisa, e que, os antes meus, são agora os nossos SONHOS....amo-te hoje mais do que ontem, amanhã mais do que hoje, desejo-te para "sempre"..